sexta-feira, 28 de outubro de 2011



"Beleza, não sei possivelmente não havia, se bem que os braços indecisos atraiassem como água atrai. Havia, sim, substância viva, unhas, carnes, dentes, mistura de resistências e fraquezas, constituindo vaga presença que se concretizava porém imediatamente numa cabeça interrogativa e já prestimora, mal se pronunciara um nome: Eremita.
Os olhos castanhos eram intraduzíveis, sem correspondência com o conjunto do rosto.
 Tão independêntes como se fosse plantados na carne de um braço,
e de lá nos olhassem abertos, úmidos.
Ela toda era de uma doçura próxima as lágrimas."
Livro "felicidade clandestina", clarice lispector, página 117.

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